fevereiro 27, 2016

Filhos.

Todos me dizem que será diferente.
Todos me dizem que não vou fazer metade do que fiz com a Leonor.
Todos me dizem que vou ser muito mais descontraída.
Até pode ser...mas para mim não há segundos filhos...são todos filhos.




E não existe nada melhor do que os filhos. Adoro ser mãe. Da Leonor. Da Maria. E dos que hão-de vir. Dizem-me que não vou ser tão protectora. Que não vou querer saber se a Maria cai, desde que se levante. Que as mães mudam com isto dos segundos filhos. 

A Maria vai sair do mesmo sitio onde a Leonor saiu. Não existe, para mim, isso de um filho ser mais especial que outro. A única diferença, a meu ver, será na atenção, que terá de ser distribuída, partilhada. Enquanto a Leonor teve a atenção exclusiva, a Maria vai nascer já com uma irmã. E isso faz toda a diferença na formação da sua individualidade. Vai nascer já a partilhar. E isso só pode ser bom. É na partilha que se aprende o melhor da vida. Aprende-se que não somos os únicos. Eu aprendi tanto com a minha irmã. Só estou com receio de não conseguir distribuir esta atenção da melhor maneira. Porque o amor não é dividido, como tantos me dizem, é multiplicado.

As minhas filhas são ambas minhas filhas. Não existe isso da "segunda filha". Quando me perguntam: "É a segunda filha?", eu respondo: "É uma filha.". Porque acredito mesmo que não existe a ordem no amor. Não existe amor de primeira e amor de segunda. Pelo menos para mim.

Serão diferentes. Nem podia ser de outra maneira. Mas uma coisa eu sei. Eu e o pai vamos dar o melhor presente que poderíamos dar a uma e a outra: um irmão. Sei que da teoria à prática vai uma grande distância, mas agora, a 4 semanas do parto, é assim que penso. Depois logo vos conto se será mesmo assim!

Beijinhos



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